segunda-feira, 23 de abril de 2012

Paulinho Moska

"Não falo do amor romântico,
Aquelas paixões meladas de tristeza e sofrimento.
Relações de dependência e submissão, paixões tristes.
Algumas pessoas confundem isso com amor.
Chamam de amor esse querer escravo,
E pensam que o amor é alguma coisa
Que pode ser definida, explicada, entendida, julgada.
Pensam que o amor já estava pronto, formatado, inteiro,
Antes de ser experimentado.
Mas é exatamente o oposto, para mim, que o amor manifesta.
A virtude do amor é sua capacidade potencial de ser construído, inventado e modificado.
O amor está em movimento eterno, em velocidade infinita.
O amor é um móbile.
Como fotografá-lo?
Como percebê-lo?
Como se deixar sê-lo?
E como impedir que a imagem sedentária e cansada do amor não nos domine?
Minha resposta? O amor é o desconhecido.
Mesmo depois de uma vida inteira de amores,
O amor será sempre o desconhecido,
A força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma nova visão.
A imagem que eu tenho do amor é a de um ser em mutação.
O amor quer ser interferido, quer ser violado,
Quer ser transformado a cada instante.

A vida do amor depende dessa interferência.
A morte do amor é quando, diante do seu labirinto,
Decidimos caminhar pela estrada reta.
Ele nos oferece seus oceanos de mares revoltos e profundos,
E nós preferimos o leito de um rio, com início, meio e fim.
Não, não podemos subestimar o amor e não podemos castrá-lo.

O amor não é orgânico.
Não é meu coração que sente o amor.
É a minha alma que o saboreia.
Não é no meu sangue que ele ferve.
O amor faz sua fogueira dionisíaca no meu espírito.
Sua força se mistura com a minha
E nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu
Como se fossem novas estrelas recém-nascidas.
O amor brilha.
Como uma aurora colorida e misteriosa,
Como um crepúsculo inundado de beleza e despedida,
O amor grita seu silêncio e nos dá sua música.
Nós dançamos sua felicidade em delírio
Porque somos o alimento preferido do amor,
Se estivermos também a devorá-lo.

O amor, eu não conheço.
E é exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu abismo,
Me aventurando ao seu encontro.
A vida só existe quando o amor a navega.
Morrer de amor é a substância de que a vida é feita.
Ou melhor, só se vive no amor.
E a língua do amor é a língua que eu falo e escuto."

Blues da Solidão - Bêbados Habilidosos

"Vou cantar um blues
Pra quem tá na solidão
Pra sabe da dor...
Pra quem bebe sozinho
Na mesa de um bar
E não tem pra quem voltar

Vou cantar um blues
Pra quem já amou um dia
E hoje só tem a solidão como companhia
Pra quem não tem medo e vai fundo
E tá largado nesse mundo
Eu vou cantar o blues da solidão

Vou cantar um blues
Pra quem vaga pela noite sozinho
Atrás de migalhas... migalhas de carinho
Pra quem chora sozinho
Pra esconder a própria dor
Pra quem faz tudo por amor..."

Cuida de Mim - O Teatro Mágico

sábado, 21 de abril de 2012

Resoluções

Caminhar na chuva;
Equilíbrio;
Organização;
Objetivo;
Contemplar o Rhône;
Estar só;
Fotografar;
Amar;
Agradecer;
Meta;
Risos;
Cantar;
Encontro!


Quando a boca cala, o corpo fala.
Quando a boca fala, o corpo sara.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

"Anota aí para seu futuro menina: desapegar das pessoas, se importar menos, não se abalar por nada nem ninguém, correr atrás daquilo que faça seu coração vibrar, ficar perto de quem te quer bem, correr atrás dos seus sonhos, se amar mais, esquecer tudo aquilo que te faça mal. Anota aí: cair na real." (Caio Fernando Abreu)
"Enquanto não atravessarmos a dor de nossa própria solidão, continuaremos a nos buscar em outras metades. Para viver a dois, antes, é necessário ser um." (Fernando Pessoa)

quinta-feira, 19 de abril de 2012

terça-feira, 3 de abril de 2012

"E a menina sabia que o pai nunca iria embora sem ela, apesar de mammy não ser mais uma esposa para ele, como também não era uma mãe para a própria filha. Pela mulher, babi tiraria esse sonho da cabeça, exatamente como tirava a farinha do casaco quando voltava para casa depois do trabalho. Portanto, ficariam ali. Até a guerra terminar. E continuariam ali para enfrentar o que quer que viesse depois dela.

Laila lembrou que, certa vez, ouviu sua mãe dizer a seu pai que tinha se casado com um homem sem convicções. Mammy não entendia . Ela não entendia que, se olhasse no espelho, veria a mais firme das convicções da vida dele bem ali, à sua frente"

(trecho do livro A Cidade do Sol - Khaled Hosseini)