terça-feira, 12 de junho de 2012

A FITA MÉTRICA DO AMOR

Como se mede uma pessoa? Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento. Ela é enorme pra você quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravado.
É pequena pra você quando só pensa em si mesmo, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.
Uma pessoa é gigante pra você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto.
É pequena quando desvia do assunto.
Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma.
Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.
Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas: será ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições? Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.
É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes.
Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Você me disse que passa quase todos os dias por aqui na expectativa de encontrar algo postado especialmente para você.

Confesso que nesses últimos tempo publiquei mais para mim mesma. Mais uma prova do meu egoísmo.

Sei que falhei. Na vida, como pessoa, com você.

E vieram as dores, as marcas profundas, os rancores.

Não se passa um dia sem que eu não derrame, pelo meus olhos, um pouco dessa dor. Ela bate fundo, lá na minha alma e sei que na sua também.

Me sinto tão pequena, tão fraca e tão imperfeita. Quisera eu poder voltar o tempo. Não para alguns meses atrás, mas para muito, muito mais além.

Escreveria outra estória, me vestiria com outras roupas, daria outros sorrisos.

É tão difícil dar os passos agora. Os pés parecem presos a bolas de chumbo. Falta-me força.

Assim como me falta dom para escrever.

Seria tão mais fácil achar as palavras certas, escrevê-las e enviar-te, junto com os meus arrependimentos, meu amor e meus desejos de novas vidas e felicidade real para mim, para você e para nós dois juntos (?).

Quando desejo isso, será novamente o meu egoísmo falando?

Só sei que não consigo me imaginar sem você mas não sei, e acho que nunca soube, o tom certo para tocar nossa música.

Preciso aprender a carregar meus cemitérios. Preciso reaprender a viver e aceitar minhas dores.

Eu amo você.