"Sempre que possível, seja claro. Mas que sua clareza não seja o motivo para ferir os outros."
(de algum livro do Paulo Coelho)
A mente que se abre a uma nova idéia nunca volta ao seu tamanho original (A.Einstein)
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Meus Secretos Amigos
Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade, disse o Jorge Luís Borges.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores. Mas enlouqueceria se morressem os meus amigos. Até mesmo aqueles amigos que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências.
A alguns deles não procuro. Basta-me somente saber que eles existem, essa mera condição me encoraja a seguir enfrente pela vida.
Mas porque não os procuro com assiduidade envergonho-me de lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação dos meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.
E às vezes quando os procuro, noto que eles não têm noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital. Porque eles fazem parte do mundo que eu tremulamente construí. E se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo para a loucura ou para o suicídio.
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho porque essa minha prece é em síntese dirigida ao meu bem-estar.
Ela é talvez maior fruto do meu egoísmo do que por quanto eles souberam tornar-se à mim tão caros. Mas como as duas coisas se confundem, eu alivio minha consciência.
Por vezes, mergulho em pensamento sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me uma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer.
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos que sabem que são meus amigos.
E principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos.
(Crônica de Garth Henrichs)
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade, disse o Jorge Luís Borges.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores. Mas enlouqueceria se morressem os meus amigos. Até mesmo aqueles amigos que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências.
A alguns deles não procuro. Basta-me somente saber que eles existem, essa mera condição me encoraja a seguir enfrente pela vida.
Mas porque não os procuro com assiduidade envergonho-me de lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação dos meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.
E às vezes quando os procuro, noto que eles não têm noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital. Porque eles fazem parte do mundo que eu tremulamente construí. E se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo para a loucura ou para o suicídio.
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho porque essa minha prece é em síntese dirigida ao meu bem-estar.
Ela é talvez maior fruto do meu egoísmo do que por quanto eles souberam tornar-se à mim tão caros. Mas como as duas coisas se confundem, eu alivio minha consciência.
Por vezes, mergulho em pensamento sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me uma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer.
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos que sabem que são meus amigos.
E principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos.
(Crônica de Garth Henrichs)
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Do Amor
Não falo do amor romântico, aquelas paixões meladas de tristeza e sofrimento. Relações de dependência e submissão, paixões tristes. Algumas pessoas confundem isso com amor. Chamam de amor esse querer escravo, e pensam que o amor é alguma coisa que pode ser definida, explicada, entendida, julgada. Pensam que o amor já estava pronto, formatado, inteiro, antes de ser experimentado.Mas é exatamente o oposto, para mim, que o amor se manifesta. A virtude do amor é sua capacidade potencial de ser construído, inventado e modificado. O amor está em movimento eterno, em velocidade infinita, o amor é um móbile. Como fotografá-lo? Como percebê-lo? Como se deixar sê-lo? E como impedir que a imagem sedentária e cansada do amor não nos domine?
Minha resposta? O amor é o desconhecido.
Mesmo depois de uma vida inteira de amores, o amor será sempre o desconhecido, a força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma nova visão. A imagem que eu tenho do amor é a de um ser em mutação. O amor quer ser interferido, quer ser violado, quer ser transformado a cada instante.
A vida do amor depende dessa interferência. A morte do amor é quando, diante do seu labirinto, decidimos caminhar pela estrada reta. Ele nos oferece seus oceanos de mares revoltos e profundos e nós preferimos o leito de um rio, com início, meio e fim. Não, não podemos subestimar o amor. Não podemos castrá-lo.
O amor não é orgânico. Não é meu coração que sente o amor. É a minha alma que o saboreia. Não é no meu sangue que ele ferve. O amor faz sua fogueira dionisíaca no meu espírito. Sua força se mistura com a minha e nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu como se fossem novas estrelas recém-nascidas. O amor brilha, como uma aurora colorida e misteriosa, como um crepúsculo inundado de beleza e despedida, o amor grita seu silêncio e nos dá sua música. Nós dançamos sua felicidade em delírio porque somos o alimento preferido do amor, se estivermos também a devorá-lo.
O amor, eu não conheço. É exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu abismo, me aventurando ao seu encontro. A vida só existe quando o amor a navega. Morrer de amor é a sua substância de que a vida é feita, ou melhor, só se vive no amor.E a língua do amor é a língua que eu falo e escuto.
( Paulinho Moska)
Minha resposta? O amor é o desconhecido.
Mesmo depois de uma vida inteira de amores, o amor será sempre o desconhecido, a força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma nova visão. A imagem que eu tenho do amor é a de um ser em mutação. O amor quer ser interferido, quer ser violado, quer ser transformado a cada instante.
A vida do amor depende dessa interferência. A morte do amor é quando, diante do seu labirinto, decidimos caminhar pela estrada reta. Ele nos oferece seus oceanos de mares revoltos e profundos e nós preferimos o leito de um rio, com início, meio e fim. Não, não podemos subestimar o amor. Não podemos castrá-lo.
O amor não é orgânico. Não é meu coração que sente o amor. É a minha alma que o saboreia. Não é no meu sangue que ele ferve. O amor faz sua fogueira dionisíaca no meu espírito. Sua força se mistura com a minha e nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu como se fossem novas estrelas recém-nascidas. O amor brilha, como uma aurora colorida e misteriosa, como um crepúsculo inundado de beleza e despedida, o amor grita seu silêncio e nos dá sua música. Nós dançamos sua felicidade em delírio porque somos o alimento preferido do amor, se estivermos também a devorá-lo.
O amor, eu não conheço. É exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu abismo, me aventurando ao seu encontro. A vida só existe quando o amor a navega. Morrer de amor é a sua substância de que a vida é feita, ou melhor, só se vive no amor.E a língua do amor é a língua que eu falo e escuto.
( Paulinho Moska)
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Obrigada, Fenômeno!
Hoje você anunciou sua aposentadoria. Deixou-nos um pouco órfãos de belos gols.
Parabéns pela história que escreveu: escrita com os pés, com glórias, com honras, com dores e com superação!
Valeu!
Parabéns pela história que escreveu: escrita com os pés, com glórias, com honras, com dores e com superação!
Valeu!
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Divagando...
Me sinto feliz, livre, solta, deliciosamente louca e dona de mim.
Saber o certo e o errado para quê?
Me sinto assim
pronta para um (re)começo, preparada para novos passos.
Estou com minha alma aberta e meu espírito solto.
Mas mais do que tudo me sinto assim: dona de mim.
Saber o certo e o errado para quê?
Me sinto assim
pronta para um (re)começo, preparada para novos passos.
Estou com minha alma aberta e meu espírito solto.
Mas mais do que tudo me sinto assim: dona de mim.
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