segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Como arrancar do peito a dor que invade a alma?
Como arrancar da alma a lembrança de outa vida?
Como arrancar da vida as imagens que devoram meu ser?
Como arrancar do meu ser as memórias feitas de lágrimas?
Como arrancar as lágrimas que dos meus olhos caem sem cessar?

Como dizer ao tempo para seguir se ele insiste em ficar?
Como querer ficar se o tempo insiste em andar?
Como andar com minhas muletas?
Com meus sapatos gastos e pés em carne viva?

Como respirar se o ar me sufoca?
Como esconder as mãos trêmulas?
Como conviver com esse corpo estranho - a dor?

Aceitar que ele se alojou dentro de mim, em um lugar, que impossibilita a extração?

Mil vezes ainda vou te amar. Mil vezes ainda  lerei todas as frases. 
Mil vezes ainda procurarei por mim em você.
Ainda que veja que me mata aos poucos.









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